Ifes recebe sua primeira patente verde

Patente é resultado de projeto realizado em parceria entre o Ifes e a Ufes.

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu a primeira patente verde ao Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), referente ao “Aparato Modular para Compostagem Doméstica”, chamada MoBio. O projeto foi desenvolvido por meio de uma parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Sustentáveis (PPGTECS) e o curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, ambos do campus Vitória, e o curso de Design da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O equipamento, chamado MoBio, é uma solução para compostagem de escala doméstica, de processo seco ou natural com uso de composteira. Ele permite o tratamento dos resíduos orgânicos no próprio local de geração e é capaz de produzir composto orgânico e biofertilizante para cultivo de plantas e outras aplicações em áreas verdes, sendo voltado ao atendimento de pequenos geradores em ambientes domésticos e institucionais, agregando aspectos ergonômicos, funcionais e estéticos.

Os autores são a professora Jacqueline Rogéria Bringhenti, do Campus Vitória; da ex-aluna do PPGTECS, Rafaela Recla Cometti; e dos estudantes de Engenharia Sanitária e Ambiental, Beatriz Torezani Sacramento e Wilker Marcolino Nascimento; além da professora Katia Broeto Miller e do estudante de Design Fabrício Broedel Silva Nunes, da Ufes. De acordo com a professora Jacqueline, há um termo de parceria formal entre as instituições que prevê o desenvolvimento de várias soluções pelos docentes e estudantes de Design.

“A MoBio permite o tratamento dos resíduos orgânicos no próprio local de geração, possui apelo estético e funcional, apresentando dimensões apropriadas para utilização em casas, apartamentos e ambientes institucionais, bem como boa mobilidade para ser posicionada no local de interesse do usuário”, explica a docente. “Enfim, nossa solução torna a prática da compostagem em residências e instituições, simplificada, rápida, limpa e compacta”, complementa.

O modelo patenteado foi projetado com a possibilidade de montagem e utilização em módulos, ainda havendo a possibilidade do usuário acoplar novos chassis e gavetas a medida em que houver demanda, conferindo maior versatilidade de uso ao se adequar a diferentes perfis de usuários. “Os equipamentos disponíveis no mercado não atendem plenamente às expectativas dos usuários, pois possuem custo elevado, operação complexa, dimensões incompatíveis com espaços reduzidos, entre outras disfuncionalidades”, destaca Jacqueline. A MoBio possui ainda rodízios que permitem a mobilidade do equipamento de modo a não interferir nas rotinas de limpeza do ambiente.

O equipamento foi criado para ser produzido por impressão 3D e os módulos podem ser impressos de acordo com a necessidade do usuário. “A MoBio representa uma tecnologia verde e acessível a diversos segmentos da sociedade na medida que poderá ser diretamente impresso pelo usuário, evitando gastos e impactos da estocagem e transporte”, ressalta a docente.

A versão patenteada é a 1.0 de acordo com os inventores. Agora, estão sendo feitas melhorias, com o envolvimento de estudantes do curso Técnico em Meio Ambiente do Campus Vitória. Jacqueline explica que, por enquanto, a MoBio foi impressa em uma versão reduzida. “Agora faremos em uma escala maior para testar e, até o ano que vem, o equipamento deve estar mais desenvolvido”.

Patente Verde
Patente verde é um título expedido pelo INPI para inventos tecnológicos e inovações relacionadas à sustentabilidade ambiental, econômica e social. É uma forma pela qual se busca fomentar a criação, o desenvolvimento e a implantação de ações criativas e inovadoras para a preservação do meio ambiente.

O programa visa a acelerar o exame dos pedidos de patentes relacionados a tecnologias voltadas para o meio ambiente. No caso da MoBio, a criação foi classificada dentro do programa e o processo de concessão da patente foi acelerado. Com esta iniciativa, o INPI também possibilita a identificação de novas tecnologias que possam ser rapidamente usadas pela sociedade, estimulando o seu licenciamento e incentivando a inovação no país.

Agifes
Os inventores destacaram ainda o incentivo da Agifes no processo de patentear o equipamento. “A gente faz as coisas mas não pensa que pode pedir a propriedade intelectual”, destaca Jacqueline. “Por meio das palestras e do incentivo da agência, toda a equipe do projeto fez a mentoria com o INPI. Eles ajudaram muito. Sem esse incentivo e esse apoio, acabaríamos fazendo somente a pesquisa”, finaliza a professora.

A Agência de Inovação do Ifes (Agifes) tem, entre suas atribuições, atendimentos e depósitos das produções intelectuais no âmbito da instituição. Para comunicar uma invenção ou obter o suporte da Agifes, entre em contato pelo telefone 27 3357-7542 ou pelo e-mail agifes@ifes.edu.br.

Veja os dados de propriedade intelectual do Ifes:
21 cartas patente
86 pedidos de patente
108 softwares registrados
6 desenhos industriais registrados
14 marca registradas

Para saber mais, acesse: agifes.ifes.edu.br.

Fonte: ACS/Ifes

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